Eu nunca possui o dom de iniciar o que quer que fosse. Anormal seria se conseguisse produzir algo digno para a introdução deste "blog", que tenho mais para um cantinho onde possa desabafar do que qualquer outra coisa.
Atualmente, tenho vivido em inúmeros conflitos, não só com o mundo, mas, comigo mesma. A começar pelo fato das escolhas. Elas nunca me foram apetecíveis. E, à medida que venho tomando idade, me afeiçoando a novos pensamentos e moldando os antigos, tenho sentido maior dificuldade em me encontrar, em ter certeza de qual passo adiantar e qual regredir.
Em meio a tantas divagações, percebi que apenas regredi. Um medo de nada dar certo, o constante pessimismo diante cada atitude tomada... São monstros que tenho enfrentado e mal consigo unir forças para combatê-los da maneira que se deve.
Me perco em formas, fórmulas, rostos, silhuetas, humanos. Me perco e nunca me encontro. A cada dia que passa, por mais que tenha facilidade para reconhecer o que há de bom no podre e o que há de podre no bom, só me encontro no reflexo do abismo. Abismo este que tem me feito questionar o verdadeiro sentido da vida.
Mas deixemos esta questão para um post posterior. Posso garantir a você que meu blog não só trará incertezas, mas também belezas. Pois, não só de maldade se vive o homem. Ainda resta a bondade da alma, os resquícios que me fazem aspirar e escrever o que vem do fundo do sentimento.
